sábado, 10 de julho de 2010

POESIA RUIM - SEGUNDO

TEUS

Aos teus beijos,
superação do cotidiano,
dou todos os meus segredos
nessa necessidade do escondido
tabu
e proibido.
E quando dá aquela vontade
é o grito calado
que transformo em suspiro
e conforto
nos teus braços.

POESIA RUIM - PRIMEIRO

A POESIA

A poesia
como uma fuga
do inferno juridicionalizante:
a doutrina que criou o próprio mundo
e transformou o mundo que a tinha criado.
Só que, às vezes,
como um suspiro,
escapa a realidade do seu carrasco.
E o riso não-legalizado
interrompe
a fala dos eminentes doutores.
O vento que consome a toga em pó
também cheira à liberdade.


Não é só delírio na madrugada, mas acredito que também carrega um pouco de arte. E esses poemas, escritos a algum tempo, em rascunhos e folhas soltas, levam a marca de cada particular segundo da existência. Então, por fim, tomei essa coragem de publicá-los, em meio a miscelânea do qual esse blog é tomado. 

Fiquem à vontade.