domingo, 20 de junho de 2010

UMA OUTRA QUADRILHA

Parodiando (e engayzando) Drummond...


Uma Outra Quadrilha
João amava Renato que amava Raimundo
que amava Michele que amava Joaquim que amava Thiago
que vivia no armário.
João foi para a Holanda, Renato para o manicômio,
Raimundo foi morto por skinheads, Michele ficou para travesti,
Joaquim suicidou-se e Thiago se juntou a J. Pinto Fernandes
esperando um dia poder casar.



Esse é dos meus momentos de quase-poetisa. E pra quem quer conhecer ou reler o original do poema subvertido, clique aqui.

P.S.: Tenho mais algumas poesias um pouco mais próprias. Publicá-las-ei, algum dia que perder a auto-vergonha.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

EXAGERADO

De Cazuza, só carrego as mentiras e as mancadas, já que as rosas não posso mais roubar. Entretanto, de todo o exagero que eu tenho, às vezes parece que a realidade não dá conta. As minhas introspecções, ironias e mal-humores, nada veio parar aqui nesse um mês e meio. Mas ao mesmo tempo, o blog sempre esteve na minha cabeça, nas folhas soltas e nos poemas secretos. Escrevo de novo, galere. Prometo (de promessas vazias) reeditar, reescrever, digitar, publicar tudo que é mais meu. E que, talvez, também diga alguma coisa a alguém.
E muitas coisas ocorreram. Não é que fiquei só presa à literatura e contemplação:
  • Fui arrastada por um ônibus. Aquele "renomado" serviço de transporte público me levando pelo asfalto em plena avenida no centro administrativo/judiciário da capital. Levei um susto. Tá, admito, um enorme susto. Praticamente não me machuquei e vou processar a empresa (uêba - meu curso finalmente útil!). E desenvolvi uma maneira particular de sair de qualquer coletivo:  atiro-me. P.S.: Mote novo: Suicida, sim; arrastada, jamais.
  • A faculdade me estressou. Ponto. O Mestre Penalista do post anterior continuou fazendo seu estrago. A ele se somou a Juíza-Que-Não-Conjuga-Plurais, a Professora-Código-Civil e o Grande-Navegador. Nárnia seria mais diversificada e mais divertida e eu sempre poderia conhecer uma princesa-gats. É como se o direito pudesse ser mais irreal do que Nárnia. Pena que direito garante (teoricamente) algum salário. Nárnia só tem um leão grande.
  • Meu estágio me obriga a condenar pessoas tolas por crimes idiotas. Não vou discutir moralismos. Só sei que me irrita demais mandar alguém passar uma temporada no presídio central por ter tentado furtar uma tesoura de cortar grama da sacristia de uma igreja. Quase tenho vontade de gritar pra essas pessoas aprenderem a cometer delitos decentes, já que elas vão ser presas - de qualquer forma - durante muito tempo naquele inferno de concreto e violência.
  • Ganhei e comi uma caixa de alfajores. E aprendi a fugir de estrangulamentos na minha aula de defesa pessoal israelense. Li livros, fiz um twitter (obrigaram-me, educadamente), dormi pouco, bebi muito, sai pra buachty, dancei com as bees, ouvi músicas, descobri recantos, escondi-me, fugi, procurei e vivi um pouco. Aquela menina talvez única (do outro post) virou minha namorada. Amor, vou fazer um post para a gente tá um dia desses.
  • E para finalizar meus pequenos atos, remodelei o blog. Novo fundo. Sempre gostei no mal sentido da história de Adão e Eva e agora ela está praticamente um arco-íris. E por pressão da namo, troquei a foto.
É isso aí. Feliz retorno a mim mesma. (E a foto é das minhas pseudo-tentativas de fotografia. Pra ti, querida, a foto-em-rosa, já que roubo é crime.)